Ao se referir às acusações internacionais de que o programa nuclear do Irã tem fins militares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que continuará acreditando que nas afirmações do presidente Mahmoud Ahmadinejad. "Já vimos essa história. O embaixador brasileiro dizia que o Iraque não tinha armas químicas, fizeram a guerra dizendo que tinha e até agora não apresentaram as armas químicas ao mundo", comparou.
Lula argumenta que o Brasil defende para o Irã o mesmo que defende para si: "Desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. Se o Irã ou outro país tiver energia nuclear para dar o segundo passo de ter armas nucleares, o Brasil é frontalmente contra. O Brasil não concorda", disse.
O presidente brasileiro classificou a conversa com o Irã como "muito importante", diante da visita prevista do iraniano em novembro e a expectativa de que o próprio Lula vá a Teerã. "Temos uma boa relação comercial", acrescentou, e o objetivo é incrementá-la. "Nós não abrimos mão da nossa soberania de ter relações com quem quisermos.
Ao conversar com os presidentes de França e EUA, além do próprio iraniano Ahmadinejad, Lula afirmou ter enfatizado para todos a necessidade de estabelecimento de diálogo. Na conversa com o presidente do Irã, Lula recomendou que era extremamente importante que ele procurasse o Obama e conversasse olho no olho e vice-versa.
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