O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a crise nos mercados financeiros vai ajudar a eleger o democrata Barack Obamapresidente dos Estados Unidos. Segundo Lula, o governo norte-americano demorou um ano para tomar medidas contra a crise.
"Essa crise vai eleger o Obama presidente dos Estados Unidos. Eleger um negro, o que não é pouca coisa", disse Lula em discurso durante a entrega do Prêmio "Empresas Mais Admiradas no Brasil", da revista CartaCapital.
"Pode até ser que não tenha muita diferença ideológica e conceitual entre democratas e republicanos. Mas do ponto de vista simbólico, esse mundo eleger um torneiro mecânico pela segunda vez no Brasil, eleger um índio na Bolívia e um negro nos EUA é demais", disse Lula, referindo-se a si próprio, ao presidente boliviano Evo Morales e a Obama, respectivamente.
Lula voltou a classificar a crise como algo decorrente de um "cassino" e disse que ela é fruto de uma "jogatina irresponsável". Mas disse que o Brasil se preparou "para enfrentar essa situação adversa".
"Nosso sistema financeiro é mais sério do que o sistema internacional", exagerou Lula.
Ele voltou a afirmar que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem verbas garantidas e não deve ser afetado pela crise. Disse também que o governo está atento quanto a medidas que forneçam crédito para a economia.
"Vamos fazer tudo o que tiver que ser feito para garantir que este país tenha crédito. Quando tem crédito, as pessoas consomem, a indústria produz e o comércio vende", disse Lula.
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