O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira, a nova presidente do Chile, Michele Bachelet, no Palácio do Planalto. Bachelet chegou a Brasília na noite de segunda-feira, após uma escala no Paraguai.
Os dois presidentes falaram sobre a missão da ONU de reconstrução do Haiti - da qual Brasil e Chile participam - e de ações de combate à fome e sobre a integração da América do Sul. A presidente chilena reafirmou o apoio de seu país à intenção do Brasil de ocupar uma vaga no Conselho de Segurança da ONU.
Lula agradeceu o apoio afirmando que o Brasil tem se esforçado juntamento com os membros do G-20 - que reúne países em desenvolvimento - para promover um crescimento sustentado.
O presidente também falou das eleições em países da América Latina este ano.
- Temos certeza de que as eleições deste ano no continente reafirmarão o empenho maior na redução da desigualdade e no crescimento com distribuição de renda e geração de empregos - disse Lula. - Esse é um desafio a mais que aproxima Chile e Brasil, países onde ainda persistem fortes desigualdades sociais.
Pela manhã, Bachelet afirmou, durante uma cerimônia na Universidade de Brasília, que lutará para acabar com a desigualdade em seu país.
A primeira presidente do Chile - que tomou posse há um mês - mencionou os abusos contra os direitos humanos cometidos durannte a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990) e disse que "nunca mais, por nenhum motivo, o governo do Chile justificará uma violência aos direitos humanos das pessoas".
Segundo a Radiobrás, ela acrescentou ainda que "nunca o governo do Chile terá outra prioridade que não seja os cidadãos".
Ao falar da missão liderada pelo Brasil no Haiti, Lula fez uma análise otimista da situação.
- O país avança na constituição de um governo democrático, em ambiente de respeito aos direitos fundamentais. Não trabalhamos com prazos mas, sim, com objetivos: a responsabilidade da comunidade internacional não termina com a retirada das tropas.
O encontro também marcou a assinatura de acordos bilaterais nas áreas de meio ambiente, mineração, energia, além da concessão temporária de residência a cindadãos de ambos os países. Em 2005, o intercâmbio comercial entre Brasil e Chile alcançou os US$ 5,2 bilhões, segundo disse Lula em discurso durante a cerimônia.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura