Javier Milei, candidato libertário à presidência da Argentina| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni
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O libertário Javier Milei, candidato à presidência da Argentina pela coalizão A Liberdade Avança, disse que o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está interferindo nas eleições presidenciais argentinas deste segundo turno por meio da promoção de uma estratégia de “campanha do medo”.

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Em entrevista concedida ao jornal argentino La Nacion, Milei afirmou que Lula está trabalhando para "impor o medo na sociedade argentina" e que essa é uma estratégia, que segundo o libertário, também foi utilizada no Brasil durante a disputa eleitoral entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.

"Na verdade, pessoas ligadas a Bolsonaro e alguns jornalistas do Brasil denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha [de Sergio Massa] financiando parte dela. Dentro desse pacote, há um conjunto de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanha negativa, cujo objetivo é instilar medo na sociedade", disse o libertário ao responder uma pergunta onde ele nega o aumento da tarifa do transporte público local.

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Na mesma entrevista, Milei também criticou seu oponente, o ministro da Economia da Argentina e candidato à presidência pela coalizão peronista União pela Pátria, Sergio Massa, acusando-o de estar utilizando "recursos estatais do governo argentino para impulsionar sua campanha política". De acordo com Milei, essa prática é de uma “gravidade institucional inusitada” e constitui um “atentado contra a institucionalidade” do país.

Milei disse que o candidato peronista está disparando diversas “mentiras a seu respeito” e promovendo uma verdadeira "campanha de difamação" contra sua candidatura neste segundo turno.

Ao abordar temas econômicos na entrevista, Milei destacou a importância de estabilizar a economia argentina nesse momento e enfatizou que seu governo “buscará soluções fiscais que impactem positivamente as empresas e não prejudiquem os consumidores”.  Ele também reafirmou seu compromisso de dolarizar a economia argentina e fechar o Banco Central do país.

Sobre a educação pública, Milei negou planos de retroceder nessa área, esclarecendo que a “busca é por alternativas de financiamento competitivas”.

Milei também reiterou sua postura a favor da “independência do Poder Judicial argentino”, garantindo financiamento autônomo para o sistema judicial e defendendo reformas que fortaleçam “a república e a democracia”.

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“Eu quero que a Justiça seja absolutamente autônoma, independente e que não dependa de nenhum político, de nada. Ou seja, isso também implica mudar o Conselho da Magistratura para que as nomeações não estejam tão politizadas”, disse o libertário.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]