A crise entre Colômbia e Venezuela será parte importante do encontro bilateral entre os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez em Caracas, hoje.
Apesar de propor a mediação da disputa entre Caracas e Bogotá, que acusa o governo venezuelano de dar abrigo às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Lula não deve apresentar uma proposta específica a Chávez. O brasileiro não deve se aprofundar na questão, que quer ver discutida dentro da UNião de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O governo brasileiro discorda do plano levado pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, à reunião do Mercosul na Argentina nesta semana, porque ela prevê operações de pacificação dentro da Colômbia. O Planalto vê isso como ingerência nos assuntos internos da Colômbia. O mesmo foi dito pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, ao rechaçar a ideia.
Lula, porém, reforça sua crença de que "as Farc são um problema da Colômbia" - nos dois sentidos que isso pode ser interpretado: ninguém deve se intrometer em assuntos internos da Colômbia e não há provas da presença das Farc na Venezuela, como insiste o governo brasileiro. Lula segue ainda hoje para Bogotá, onde irá à cerimônia de posse do presidente eleito Juan Manuel Santos, amanhã.
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