Georgetown, Guiana O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje, na antiga colônia inglesa no Caribe, da reunião do Grupo do Rio, um organismo considerado fantasma pela diplomacia latino-americana, formado 20 países da região. A princípio, ele resistia em participar do encontro. Só confirmou presença depois que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, avisou ao presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, que estava a caminho de Georgetown. É consenso entre diplomatas que Lula está empenhado em deter a influência de Chávez.
A uma semana da visita a São Paulo do presidente dos Estados Unidos, George Bush, Lula se esforça neste momento para mostrar que o Brasil é um interlocutor influente de Washington num continente de governos radicais, segundo diplomatas.
Criado em 1986 para discutir uma crise na Nicarágua, o Grupo do Rio foi esvaziado com a criação de novos blocos econômicos e políticos. Mesmo com os apelos do governo da Guiana, vai sobrar cadeira no encontro. Os organizadores esperam apenas oito presidentes em Georgetown, uma cidade que chama a atenção pela pobreza e por igrejas e sobrados de madeira em estilo vitoriano, malconservadas e abandonados.
Antes da reunião de hoje, Lula tomará café da manhã com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e o do México, Francisco Calderón. O anfitrião do encontro do Grupo do Rio, Bharrat Jagdeo, oferecerá um almoço aos visitantes.
A agenda do encontro não estava fechada até minutos antes da chegada de Lula a Georgetown.