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Com palavras diplomaticamente calibradas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta segunda-feira (15) sua visita oficial a Israel mencionando propósito de incluir novos mediadores, entre os quais o Brasil, nas negociações entre israelenses e palestinos. Ao ser recebido pelo presidente de Israel, Shimon Peres, na residência oficial, Lula afirmou que vinha para "falar de paz", escudado na história pacífica do Brasil, e que, por se tratar de uma "tarefa tão difícil, é importante que se envolva mais gente e se converse mais".

"A arte da política é vencer coisas que parecem impossíveis. A política é a arte do impossível", afirmou Lula, ao lado de Peres referindo-se ao processo de negociação. "Não acredito que exista outro país no planeta que ame e que exerça tanto a paz como o Brasil. A paz tem um preço incomensurável para nós.

Ao receber Lula, Shimon Peres assinalou que o processo de paz não foi rompido, apesar da recente crise entre Estados Unidos e Israel em torno do anúncio israelense da expansão de assentamentos em territórios palestinos. Peres também fez questão de assinalar que seu país receberia a contribuição do governo brasileiro para o processo de paz.

Mas em nenhum momento fez alusão à pretensão de Lula de atuar como mediador. "Sei que o senhor traz uma mensagem em favor da paz. A sua contribuição será bem recebida", afirmou Peres. "Pode haver crise, mas não haverá rompimento do processo de paz em si. Vamos superar a crise porque esse processo já está sendo construído e negociado", acrescentou.

Em seu curto pronunciamento de boas-vindas, Peres fez seguidos elogios a Lula e chegou a qualificar o brasileiro como "César" - uma referência abrangente e sem justificativa aos governantes romanos. "O senhor é um César. É um presidente que leva a esperança de paz. O mundo olha para o senhor e vê esperança e sonho, que o senhor transformou em feitos", afirmou.

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