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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira (13), após conversar por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ajuda e cooperação dos Estados Unidos para fazer chegar as ajudas que estão sendo enviadas para as vítimas do terremoto no Haiti.

Lula disse que pediu a Obama a reativação do grupo de doadores, que funciona com países que fizeram doações ao Haiti no passado, para ver como o país pode ser reconstruído mais rápido.

"O presidente Obama concordou com a proposta e lamentou as perdas de militares brasileiros no Haiti e nos parabenizou pelo sucesso da nossa missão no Haiti", disse Lula.

Segundo Lula, Obama disse que terá uma reunião com o ex-presidente Bill Clinton, que é o cara da ONU para essas questões, sobre a situação no Haiti e que depois o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) e a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, vão conversar.

O presidente lamentou ainda que a comunicação com o país está muito difícil e não há como mensurar exatamente de que tipo de ajuda o Haiti precisa. "Espero que com a chegada da missão liderada pelo ministro Nelson Jobim [Defesa] tenhamos informações mais precisas da situação e do tipo de ajuda que eles precisam", comentou.

Ele disse que tentou falar com o presidente do Haiti, René Préval, mas que as comunicações com o país estão muito difíceis e isso não foi possível.

O presidente revelou ainda que ainda nesta quarta-feira o Brasil vai enviar um avião Hércules para o Haiti com 13 toneladas de alimentos e medicamentos. Na quinta-feira (14), o Brasil deve enviar outro avião, um 737, com 50 bombeiros, cães farejadores, água e medicamentos.

Zilda Arns

Lula disse que a morte da fundadora da Pastoral da Criança é uma perda muito grande para o Brasil e para o mundo. "O Brasil e o mundo perderam uma guerreira que lutava pelas crianças do Brasil", disse.

O presidente fez questão de fazer menção aos militares mortos e os chamou de heróis. "Nós não podemos esquecer de lamentar a perda dos nossos heróis, os brasileiros que estão ajudando na reconstrução do Haiti", disse.

Prioridades

Mais cedo nesta quarta-feira (13), o Ministério da Defesa disse que a prioridade do governo é enviar às vítimas do terremoto no Haiti alimentos e água disponíveis no estoque do governo. Segundo o ministério, não há condições, no momento, de organizar doações de alimentos, água, roupas ou outros materiais arrecadados por terceiros e nem de armazená-los e distribuí-los no Haiti.

O ministério explicou que "o governo ainda não tem uma avaliação precisa das reais necessidades da população haitiana" e que por isso é "preciso aguardar o momento oportuno para organizar e, eventualmente, despachar àquele país doações encaminhadas por terceiros". O ministro da Defesa, Nelson Jobim, desenbarca na noite desta quarta em Porto Príncipe, capital do Haiti.

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