Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sustentar em conversas com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, a posição do Brasil e da Índia, que deixaram ontem as negociações sobre liberalização do comércio mundial, disse uma fonte qualificada do Palácio do Planalto.
"O chanceler Celso Amorim foi coerente com a posição brasileira e do G20 ao deixar a reunião de Potsdam. O presidente Lula considera que a negociação só avança se as propostas agrícolas melhorarem", disse a fonte, que pediu para não ser identificada.
Logo após o chanceler brasileiro abandonar as negociações, Angela Merkel e Tony Blair solicitaram conversas com Lula por telefone para discutir a crise de Doha. Houve uma tentativa de por Lula e Merkel em contato ainda ontem, mas as ligações serão feitas hoje.
Uma alta fonte diplomática brasileira rebateu a acusação feita por um porta-voz da Casa Branca de que Brasil e Índia teriam sido responsáveis pelo fracasso de uma proposta agrícola que beneficiaria os países mais pobres.
"Por uma questão de elegância, o chanceler Amorim não fez acusações a nenhum país, mas deu as razões objetivas para o fracasso da negociação. Basta ler suas declarações para saber de quem é a culpa", disse a fonte brasileira.
O governo norte-americano se disse desapontado com o fracasso da reunião e culpou Brasil e Índia por inviabilizarem um acordo.
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