Palestinos continuavam trocando tiros em Gaza na segunda-feira, pelo quinto dia consecutivo, depois que Fatah e Hamas concordaram com a oferta saudita de negociações na cidade sagrada de Meca para tentar acabar com a luta interna.
Um militante do Hamas foi morto a tiros no conflito, disseram autoridades médicas. A morte elevou para 27 o número de vítimas fatais desde quinta-feira em batalhas entre o grupo islâmico e o Fatah, facção do presidente Mahmoud Abbas.
Um escritório do Fatah e a casa de um dirigente do grupo foram atacados com bombas e a central do Serviço de Segurança Preventiva em Gaza, dominado pelo Fatah, foi atingida por morteiros. Os ataques provocaram danos, mas não deixaram vítimas.
Militantes do Hamas também sequestraram dois membros do Fatah, incluindo um comandante local, disseram dirigentes do Fatah.
A violência provocou a fuga de algumas famílias que moram perto dos locais de combate, no território estreito onde vivem 1,5 milhão de palestinos. Muitos pais não deixam os filhos ficarem perto das janelas por medo da ação de franco-atiradores.
Os combates, que eram esporádicos desde que o Hamas venceu o Fatah na eleição parlamentar de janeiro do ano passado, prejudicaram as negociações entre os grupos.
No domingo, a Arábia Saudita convidou as duas facções rivais para negociações urgentes em Meca. Os dois lados concordaram em participar, mas não foi marcada uma data.
Ao todo, 57 palestinos morreram nos conflitos desde que Abbas, que é moderado, convocou eleições antecipadas, no mês passado, depois do fracasso dos debates com o Hamas para a formação de um governo de união. O Hamas afirma que a ação de Abbas é um golpe.
O Hamas vem enfrentando dificuldades para governar sob o peso das sanções impostas com apoio dos EUA por recusar-se a reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar os acordos de paz interinos.