O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri (2015-2019) disse nessa quarta-feira (16), em Montevidéu, que, após as eleições primárias do último domingo (13), o país "entrou em uma nova era", com as urnas refletindo a "mudança" que espera para o futuro.
"A Argentina finalmente entrou no que estava esperando, comentando e prevendo, que é uma mudança de era, deixando para trás ideias que sempre foram vistas como loucas, prejudiciais, destrutivas", disse ele a jornalistas na capital do Uruguai, onde apresentou o livro "Y para qué" ("E para quê", em tradução livre).
Ele destacou que Patricia Bullrich, candidata pelo partido PRO, da coalizão Juntos pela Mudança, "vai expressar a mudança que todos os argentinos querem".
"O que está claro é que o país não vai mais dar novas oportunidades a essas ideias malucas", disse, referindo-se ao governo do atual mandatário, Alberto Fernández.
O ex-chefe do governo argentino afirmou que "dois terços dos argentinos abraçaram" no último domingo ideias "mais saudáveis" do que as do kirchnerismo.
"Sonhei várias vezes com esse fim do populismo. O que está por vir é uma discussão sobre a maneira pela qual a mudança será feita", declarou.
Embora Macri tenha previsto uma "derrota colossal para o peronismo", ele advertiu que "aqueles que defendem esses nichos mafiosos vão lutar" contra o novo governo de seu país, que ele espera que seja liderado por Bullrich.
O economista libertário Javier Milei, da coalizão Liberdade Avança, conquistou mais de 30% dos votos dos eleitores argentinos. Os candidatos da frente de centro-direita Juntos Pela Mudança somaram 28,3%, sendo 17% da ex-ministra Patricia Bullrich, enquanto a coalizão governista União pela Pátria, do ministro da Economia Sergio Massa, ficou nos 27% de intenção de votos. (Com informações da Agência EFE)
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada