O ex-presidente argentino Mauricio Macri (2015-2019) orientou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que não se baseie em políticas populistas implementadas há décadas na Argentina porque, segundo ele, levam à pobreza.
"Esperamos que Petro compreenda que as ideias (populistas) argentinas trarão muita pobreza aos colombianos", disse Macri aos repórteres depois de discursar no 7º Diálogo Presidencial, realizado em Miami.
Macri comentou que as primeiras declarações e propostas de campanha de Petro "não foram as melhores para o futuro da Colômbia".
O ex-presidente argentino também defendeu a liberdade, as instituições e o direito a uma vida melhor para todos os cidadãos latino-americanos.
"Querem nos governar com o Estado limitando as nossas liberdades. O grande desafio para aqueles de nós, que amamos a liberdade, é lutar para que os nossos países se possam desenvolver", argumentou.
Ressaltou também que a Argentina tem sofrido desde 2019 a maior emigração da sua história, motivo pelo qual defendeu políticas econômicas para evitar este fluxo.
"Temos de impedir que a América Latina continue perdendo os seus cidadãos talentosos que vão para outro lado", advertiu Macri, depois de pedir a "defesa do futuro dos jovens".
"Proponho defender as nossas ideias e assumir o controle da administração pública. Proponho que os funcionários públicos venham de uma carreira e concurso, que não sejam militantes políticos", declarou.
Também participaram neste 7º Diálogo Presidencial os ex-presidentes Iván Duque (Colômbia), Jamil Mahuad (Equador), Jorge Tuto Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México) e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), assim como o ex-presidente do governo espanhol José María Aznar.
Organizado pela Cátedra Mezerhane Endowed Chair, do Miami Dade College (MDC), pela Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA), pelo Instituto Atlântico de Governo e o "Diario Las Américas", o fórum foi aberto pela presidente do MDC, Madekine Pumariega, e pela vice-governadora da Flórida, Jeanette Nuñez.
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