De acordo com fonte ouvida pelo La Nación, entre os demitidos há quem nunca foi trabalhar| Foto: LULA MARQUES/Agência PT

A onda de demissões na Argentina chegou à Casa Rosada, com a secretaria-geral da Presidência dispensando 54 pessoas, informaram nesta sexta-feira (29) fontes do governo ao “La Nación”. Além destes, quase 500 foram demitidos do Ministério de Cultura.

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As fontes apontam que, entre eles, há pessoas que nunca foram trabalhar ou que não cumpriam tarefas ou horários, o que a associação dos trabalhadores nega, denunciando uma ação política do novo presidente, que em menos de dois meses é acusado de despedir mais de 20 mil pessoas.

Todos eles foram informados sobre os cortes nesta semana, alguns somente ao chegarem hoje para trabalhar. Dentro do grupo, alguns alegam que o número de demissões foi maior, chegando a 700. Só no Ministério da Cultura, foram 494. De acordo com o diretor Pablo Avelluto, as dispensas ocorreram porque houve um injustificado aumento de nomeação de funcionários entre 2013 e 2015, mas sem relação com o aumento da atividade da entidade.

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“Entre as pessoas demitidas estão dezenas de casos de nomeações ocorridas no mês de dezembro, horas antes da mudança de governo”, disse o comunicado de Avelluto.

A versão é refutada pela Associação de Trabalhadores do Estado, que classifica a grande maioria dos demitidos são trabalhadores. “Macri primeiro tem que investigar e depois decidir quem vai despedir”, se queixou o secretário da associação, Mario Muñoz.

A agência Télam aponta também que há trabalhadores dispensados em outros órgãos governamentais, como o Ministério do Interior, Exército e Secretaria Legal e Técnica. Além disso, na quinta-feira foram 140 contratos no Ministério da Defesa e 47 no Banco Central foram rescindidos.

Os funcionários do BC, que alegam terem sido dispensados por telefone, dizem que as demissões tiveram motivos políticos, por que a maior parte deles entrou no cargo durante o governo kirchnerista.

Diante das estimativas de que o presidente Maurício Macri já demitiu mais de 20 mil pessoas desde o início de seu mandato, há menos de dois meses, manifestantes convocaram pelas redes sociais uma manifestação para protestar contra o novo governo. O ato está previsto para ocorrer às 18h locais (17h de Brasília) na Praça de Maio.

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