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ARGENTINA

Macri recebe Guaidó em Buenos Aires

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, é cumprimentado por apoiadores do lado de fora do Palácio San Martin, em Buenos Aires, Argentina, nesta sexta-feira. Foto: JUAN MABROMATA / AFP (Foto: )

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, se reuniu nesta sexta-feira (1º) com o presidente argentino, Mauricio Macri, em Buenos Aires, como parte de um giro por países sul-americanos que o apoiaram em desafio ao governo do ditador Nicolás Maduro.

Guaidó chegou à capital argentina após visitar Paraguai e Brasil, onde também foi recebido pelos respectivos presidentes.

""O presidente interino Juan Guaidó (à esquerda) e o presidente argentino Mauricio Macri durante encontro na residência presidencial Olivos, em Buenos Aires, nesta sexta-feira. Foto: Presidência da Argentina / AFP

Após a Argentina, Guaidó visitará o Equador, confirmou o presidente Lenín Moreno, e depois seguirá para o Peru.

Guaidó anunciou mais mobilizações nas ruas da Venezuela e a entrada de ajuda humanitária para mitigar as necessidades de mais de 300 mil pessoas, durante sua visita ao Paraguai.

Possibilidade de prisão

Nesse momento, a volta para a Venezuela é o problema mais urgente de Guaidó. Apesar de ele e sua família terem sido alvo de ameaças, ele prometeu retornar ao país "nos próximos dias".

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, avaliou nesta sexta-feira que seria "um absurdo completo" a prisão de Juan Guaidó pelo ditador Nicolás Maduro.

Ele disse que, após a visita na quinta-feira (28) do venezuelano ao Brasil, o governo brasileiro está ainda mais confiante na capacidade de Guaidó de atuar para restituir a democracia e a liberdade no país sul-americano, que passa por uma crise política.

O presidente interino afirmou que tem recebido ameaças, mas que elas não o impedirão de voltar ao seu país.

"Esperamos que não aconteça [uma prisão], seria um absurdo. Temos de ver qual seria a reação, mas seria um absurdo completo", disse o chanceler brasileiro.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, a secretária-adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, Kimberly Breier, considerou uma eventual prisão um "erro terrível" do ditador.

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter indicado uma disposição em abrir um diálogo com Maduro para solucionar o impasse, Araújo disse que o governo brasileiro só atuaria se houvesse uma solicitação de Guaidó.

"Se surgisse uma demanda do governo legítimo, examinaríamos. Mas, no momento, não está em consideração", disse.

Em conversa com a Folha de S.Paulo na quinta-feira (28), Guaidó afirmou que sua proposta de anistia para os aliados do chavismo que contribuam para a transição de governo no país vizinho pode incluir o ditador.

Ele ressaltou que a anistia não pode incluir funcionários do regime de Maduro que tenham violado direitos humanos.

Questionado sobre se Maduro não teria cometido crimes de lesa-humanidade ao bloquear a entrada de ajuda humanitária em seu país no último fim de semana, Guaidó disse que seria preciso "avaliar" o caso.

"Eu não sou juiz. Eu sou deputado e presidente encarregado. Teria que avaliar se está contemplado ou não nos supostos dos direitos humanos", afirmou.

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