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Negociações bilaterais

Macron diz que é contra acordo entre União Europeia e Mercosul e Lula rebate: “protecionista”

O presidente da França, Emmanuel Macron que critica o acordo UE-Mercosul (Foto: Omer Messinger/EFE)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu a declaração do presidente da França, Emmanuel Macron, de que é "completamente contra" o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, dada em coletiva à imprensa em Dubai, na COP28.

Lula e Macron tiveram um encontro bilateral mais cedo, durante o evento que discute as mudanças climáticas. Logo após, aos jornalistas, Macron elogiou Lula e criticou o acordo. "Ele (Lula) é visionário, corajoso e há muita sinergia entre as nossas estratégias", disse o presidente francês. "E é justamente por isso, por isso mesmo, que sou contra o acordo entre Mercosul e União Europeia, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar, e está mal remendado".

Segundo Macron, o acordo não leva em conta a biodiversidade e o clima. "É um acordo comercial antiquado que desmantela tarifas. Nos últimos anos, esses acordos foram bastante melhorados", afirmou exemplificando o acordo com a Nova Zelândia e o Chile. "Acordos muito modernos onde o clima está no centro."

O presidente francês alegou que não pode ser contraditório. "[Não posso] pedir aos nossos agricultores, às indústrias francesas e em toda a Europa, que façam esforços, que apliquem novas práticas para descarbonizar e que eliminem certos produtos e dizer que estou removendo todas as tarifas para trazer produtos que não aplicam essas regras, e que isso vai ser ótimo."

Poucos minutos após a coletiva, Lula comentou o assunto, enquanto caminhava por corredores de uma área restrita da COP28, informou o jornal O Globo. Lula disse que a França é o país "protecionista" e que a visão da União Europeia é diferente.

"É um direito dele. Cada país tem o direito de ter uma posição. Eu acho que é um direito dele ter uma posição. Eu acho que a França é o país mais duro de fazer acordo porque a França é mais protecionista. Não é a mesma posição da União Europeia, que pensa outra coisa" afirmou.

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