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O presidente da França, Emmanuel Macron
O presidente da França, Emmanuel Macron| Foto: EFE/EPA/LUDOVIC MARIN / POOL MAXPPP OUT

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira (28) que é a favor de que a Ucrânia possa usar armas ocidentais contra o território da Rússia para neutralizar “pontos de onde este país lança mísseis”, desde que os alvos “não sejam civis”.

“Acreditamos que devemos permitir que eles neutralizem os locais militares de onde a Ucrânia é atacada, mas não podemos permitir que outros pontos civis ou outros alvos militares sejam atingidos”, afirmou Macron em entrevista coletiva ao lado do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, no Palácio Meseberg, nos arredores de Berlim.

“O que mudou é que a Rússia adaptou um pouco suas práticas”, declarou Macron, justificando por que a França se juntou ao Reino Unido no apoio à ideia de a Ucrânia se defender atacando alvos em território russo.

“O solo ucraniano está sendo atacado a partir de bases que estão na Rússia”, explicou o chefe de Estado francês.

“Como vamos explicar aos ucranianos que eles precisam proteger tudo ao redor de Kharkiv sem o direito de atacar de onde os mísseis são lançados?”, perguntou retoricamente o presidente francês.

Macron usou um mapa do nordeste da Ucrânia, que atualmente está sob constantes ataques russos do outro lado da fronteira, para enfatizar suas palavras.

“Quando são identificados alvos na Rússia a partir dos quais a Ucrânia é atacada, acho que podemos permitir que façam isso se quisermos atingir nosso objetivo”, insistiu o presidente francês, se referindo a possíveis ataques ucranianos em território russo para proteger a população de Kharkiv.

Macron também afirmou que a possibilidade de permitir que Kiev o faça não significa uma escalada do conflito.

“Na verdade, não estamos incitando uma escalada” porque “é a Rússia que está se organizando dessa forma” para atacar a Ucrânia com mísseis do outro lado da fronteira, acrescentou Macron para justificar sua posição.

O chefe de Estado francês evitou, no entanto, comentar os “rumores” sobre o possível envio de instrutores de seu país à Ucrânia para treinar soldados.

“Não vou falar de comunicações inoportunas”, disse Macron, além de assegurar que poderá discutir toda a ajuda à Ucrânia com o presidente do país, Volodymyr Zelensky, quando este viajar à França para a comemoração, em junho, do 80º aniversário do desembarque dos Aliados na Normandia. (Com Agência EFE)

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