A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, anunciou nesta terça-feira (14) uma nova concessão na reforma da previdência ao partido conservador Os Republicanos (LR). A avaliação da representante do presidente Emmanuel Macron é que os votos da legenda serão necessários para que o projeto de lei avance no Parlamento.
Borne apontou que a bancada governista na Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados) irá formalizar uma emenda que permitirá ampliar a reforma antecipada para quem começou a trabalhar aos 17 anos e tenha abrangido o período de contribuição completa, que será de 43 anos.
Dessa forma, essas pessoas vão poder se aposentar pela forma antecipada aos 60 anos de idade, o que evita aos indivíduos que iniciaram a vida profissional em uma idade precoce tenham de contribuir na prática mais do que os outros.
O principal eixo da reforma é atrasar a idade mínima de aposentadoria dos atuais 62 anos para 64 anos e, ao mesmo tempo, acelerar o prolongamento do período contributivo necessário para obter uma pensão completa de 42 anos atualmente para 43 em 2027.
A concessão feita ao Os Republicanos deve impactar cerca de 30 mil pessoas e onerar os cofres públicos em 600 milhões de euros anuais.
Esse projeto tem como principais opositores os partidos de esquerda, a extrema-direita liderada pela ex-presidenciável Marine Le Pen e pelos sindicatos trabalhistas, que há cinco dias estão mobilizados em realizar greves e ameaçam paralisar a França em 7 de março caso Macron mantenha a proposta.
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