Mohammed bin Salman foi recebido por Macron no Palácio do Eliseu, na primeira visita do príncipe herdeiro à Europa desde o assassinato de Jamal Khashoggi| Foto: EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON
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O presidente da França, Emmanuel Macron, está sendo criticado por grupos de direitos humanos devido à visita do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, conhecido como MBS, ao país europeu.

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Na primeira visita do príncipe herdeiro à Europa desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, crime ocorrido em 2018 na Turquia e que, segundo a CIA, teria sido aprovado por MBS, ele foi recebido no aeroporto de Paris-Orly pelo ministro das Finanças, Bruno Le Maire, e depois foi ao Palácio do Eliseu para jantar com o presidente francês. Na véspera, havia sido recebido na Grécia.

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, alegou que Macron conversaria sobre direitos humanos com o príncipe, mas principalmente sobre um aumento na produção de petróleo saudita em um cenário de insegurança energética causado pela invasão russa à Ucrânia.

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Agnès Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional, disse à agência France-Presse que estava “profundamente perturbada com a visita, por causa do que ela significa para o nosso mundo e o que significa para Jamal e pessoas como ele”.

Já a chefe da Human Rights Watch na França, Bénédicte Jeannerod, escreveu no Twitter que MBS poderia “aparentemente contar com Emmanuel Macron para reabilitá-lo no cenário internacional, apesar do assassinato atroz de Jamal Khashoggi, da repressão impiedosa a todas as críticas a autoridades sauditas e dos crimes de guerra no Iêmen”.

Na semana retrasada, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou MBS na Arábia Saudita, após ter dito durante a campanha de 2020 que trataria o país como “pária” devido ao assassinato do jornalista dentro do consulado do país árabe em Istambul, na Turquia.

Biden, que foi acusado de “traição” devido à decisão de fazer a visita, alegou que confrontou o príncipe herdeiro sobre a morte de Khashoggi. O saudita teria respondido que “não era pessoalmente responsável” pelo assassinato, ao que presidente americano teria acrescentado que “que achava que ele era”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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