O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou o projeto de incluir o aborto na Constituição no ano passado| Foto: EFE/ Kai Forsterling
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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (4) durante discurso no Conselho Constitucional do país que planeja incluir o aborto na Carta Magna "o mais rápido possível". A declaração foi feita no aniversário de 65 anos da nova Constituição francesa.

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"No início de março deste ano, anunciei um projeto de texto constitucional que contempla os pontos de vista da Assembleia Nacional e do Senado sobre este assunto. Quero que esse trabalho de busca de consensos seja retomado para ser finalizado o mais rápido possível", afirmou.

À época do anúncio, o presidente francês disse que o objetivo da proposta era “defender a liberdade das mulheres de dispor de seus corpos e de suas vidas, sendo assegurado de forma solene que nada pode impedir ou anular a possibilidade de recorrer ao aborto".

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O projeto de lei foi aprovado pelas duas câmaras do Parlamento, que agora devem decidir se o texto garantirá o aborto como um "direito", de acordo com o posicionamento da Assembleia, ou como uma "liberdade", proposta defendida pelo Senado.

O aborto é descriminalizado na França desde 1975. Uma mudança legislativa estendeu no ano passado o prazo para sua realização em até 14 semanas.

As discussões sobre o projeto surgiram logo após a Suprema Corte dos Estados Unidos anular em junho de 2022 a sentença de quase 50 anos do caso Roe vs. Wade.

A decisão voltou a permitir que a administração estadual legisle livremente sobre o aborto. Como resultado disso, vários estados americanos reativaram ou aprovaram leis pró-vida.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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