Os documentos sobre a investigação do desaparecimento da Madeleine McCann, liberados nesta semana pela polícia portuguesa, voltaram a provocar polêmica ao revelar que, em março, a inteligência britânica informou aos investigadores que a menina pode ter sido seqüestrada por uma rede de pedofilia. A quadrilha teria seguido Maddie três dias antes de seu desaparecimento, em maio do ano passado, na Praia da Luz, em Portugal. A polícia portuguesa encerrou, na semana passada, as investigações sem apontar responsáveis pelo caso.
Os jornais britânicos "Daily Telegraph" e "Sun" publicaram, nesta quinta-feira, um email que teria sido enviado à polícia portuguesa afirmando que a inteligência britânica "sugere que uma rede de pedofilia na Bélgica encomendou uma menina nova três dias antes de Madeleine McCann ser levada". Os jornais afirmam que os investigadores pediram que a Interpol fosse atrás da pista, mas nada mais foi descoberto.
"Alguém ligado a esse grupo viu Maddie, tirou uma fotografia dela e mandou para a Bélgica. O cliente concordou que a garota era apropriada e Maddie foi levada", diz o email, segundo a rede CNN.
Os pais da menina, que foram considerados suspeitos pelo desaparecimento da filha, criticaram a polícia portuguesa pela suposta omissão de pistas. Kate e Gerry McCann disseram ainda que não aceitam fazer uma reconstituição do caso porque temem serem acusados de negligência por terem deixado a filha dormindo sozinha com os irmãos na noite em que desapareceu.
Os detetives particulares contratados pelo casal McCann seguem as últimas pistas reveladas esta semana. Nos últimos episódios do caso, afirmou-se que Madeleine teria sido filmada pelo circuito interno de TV de um posto na cidade portuguesa de Lagos, e teria sido vista na Holanda, dizendo que "foi levada enquanto estava de férias".
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