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O governo de Donald Trump impôs no primeiro mandato uma série de sanções contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela
O governo de Donald Trump impôs no primeiro mandato uma série de sanções contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela| Foto: EFE/EPA/ALEXANDER NEMENOV/POOL

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira (6) que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA é um “novo começo” para ambos os países, que não possuem relações diplomáticas desde 2019, rompidas naquele ano pelo governo chavista durante o primeiro mandato do político republicano.

“Em seu primeiro governo, do presidente reeleito Donald Trump, não nos saímos bem. Este é um novo começo para apostarmos (em uma relação ganha-ganha) e para que os EUA se saiam bem, para que a Venezuela se saia bem”, disse Maduro em um programa transmitido pelo canal estatal de televisão VTV.

O ditador afirmou ainda que seu regime está aberto a “relações de trabalho conjuntas” com qualquer pessoa que queira investir na Venezuela, o que ele disse ter manifestado a “todos os americanos” que visitam o país sul-americano, que está sob sanções impostas por Washington.

Por outro lado, Maduro expressou que, após esse “retorno histórico”, Trump tem uma “oportunidade de ouro” para “acabar com as guerras”, além de permitir relações de respeito com a América Latina.

O ditador chavista afirmou que não busca interferir nos “assuntos internos dos EUA”, alegando que não pratica o “intervencionismo”, crítica que Maduro faz constantemente quando se dirige à Casa Branca.

“Defendemos a soberania, a independência, o respeito à nossa cultura, à nossa identidade. As soluções para a América Latina estão na América Latina, e as soluções para o futuro da Venezuela estão na Venezuela”, acrescentou o líder chavista, proclamado vencedor das eleições de 28 de julho pelo órgão eleitoral de seu país, um resultado rejeitado pelo atual governo americano, chefiado pelo democrata Joe Biden.

Em seu mandato anterior (2017-2021), Trump foi o principal adversário político de Maduro, a quem chamou de “ditador”, e impôs inúmeras sanções ao país sul-americano, incluindo restrições à sua indústria petrolífera, a principal receita da Venezuela.

Com os resultados das eleições americanas divulgados, nesta quarta-feira, a oposição venezuelana, perseguida pelo regime chavista, parabenizou Trump, ao mesmo tempo em que lhe disse que seu país vive “dias decisivos”.

María Corina Machado, a principal figura da oposição a Maduro, aproveitou a oportunidade para reiterar sua denúncia de fraude eleitoral nas eleições venezuelanas de 28 de julho.

“Presidente Trump, o governo democrático que nós, venezuelanos, elegemos em 28 de julho será um aliado confiável para trabalhar com sua administração para o bem-estar de nosso povo, o retorno de nossas famílias, a segurança na região, a estabilidade política da região e o uso real de nosso potencial energético”, disse Machado.

Edmundo González Urrutia, reivindicado como presidente eleito do país, segue exilado na Espanha desde 8 de setembro e também se manifestou sobre as eleições dos EUA.

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