O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro| Foto: EFE/ Rayner Peña R.
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O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, acusou dois candidatos presidenciais da oposição, Edmundo González Urrutia e Enrique Márquez, de tentarem aplicar um golpe de Estado nas eleições de 28 de julho por não terem assinado um acordo para reconhecer os resultados do pleito.

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“Por que acha que não assinaram o acordo para respeitar o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] e os resultados? Porque pretendem gritar fraude, porque pretendem trazer a guarimba [protestos com barricadas e bloqueios de rua], a violência e o golpe de Estado", disse o líder chavista num comício em Maturín.

Urrutia, substituto da líder oposicionista María Corina Machado na Plataforma Unitária Democrática (PUD), rejeitou a assinatura do documento sob a justificativa de que não foi convidado pelo CNE para a assinatura. Já Enrique Márquez, outro candidato presidencial, disse que não assinou o documento por considerá-lo “ilegal, unilateral, sem consulta e inútil”.

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O acordo, que foi proposto pelo PSUV, partido do chavismo, e redigido e apoiado por Nicolás Maduro, foi assinado por oito dos dez candidatos, incluindo o próprio ditador.

Segundo informações do site Efecto Cocuyuo, o documento conta com nove pontos, que incluem o reconhecimento do CNE como única autoridade legítima para organizar e supervisionar o processo eleitoral, o compromisso com o cumprimento das garantias eleitorais e a oposição à “atos de violência e desestabilização”.

Além disso, o documento "exige" dos governos mundiais o respeito à “soberania nacional” e pede o levantamento das sanções internacionais, bem como o “respeito aos resultados das eleições”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]