Maduro discursando na capital Caracas, no Dia Internacional do Trabalho.| Foto: EFE/ Miguel Gutierrez
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O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, acusou a "ultradireita" de seu próprio país de arquitetar com os Estados Unidos o que ele chamou de "roubo da Citgo", em referência a uma subsidiária da estatal petrolífera PDVSA que atua no país norte-americano. A declaração foi feita nesta segunda-feira (15).

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"Todos esses serviços (...) necessários para o funcionamento do país foram cortados com o sequestro da Citgo e, agora, esse governo dos EUA tentou dar o golpe final (...) em todos os venezuelanos. De quem é a culpa? A ultradireita (...) essa ultradireita bandida é responsável pelo fato de que eles estão roubando a Citgo de nós", disse Maduro durante seu programa semanal de televisão.

Em 1º de maio, o Departamento do Tesouro dos EUA decidiu, por meio da licença geral número 42, não tomar "medidas coercitivas" para bloquear o leilão ou um acordo negociado sobre a Citgo.

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A licença autoriza o Parlamento venezuelano de 2016-2021, formado por uma grande maioria de oposição ao governo de Maduro e sucedido em 2021 por uma legislatura de maioria chavista, a realizar "certas transações" em relação a "qualquer dívida do governo da Venezuela", da PDVSA ou de "qualquer entidade" na qual a empresa estatal tenha "uma participação de 50% ou mais".

A decisão também permite a "negociação de acordos de conciliação" com pessoas designadas por essa legislatura, considerada pelos EUA como a última instituição democraticamente eleita na Venezuela.

Maduro garantiu que a Venezuela está se preparando com o Projeto de Lei para a Proteção dos Bens da República no Exterior, no qual o Parlamento nacional está trabalhando, com o objetivo de "dar um passo na proteção" dos bens venezuelanos no exterior.

Ele alegou que a Venezuela perdeu "mais de US$ 900 milhões por mês" devido à "desapropriação" da Citgo.