Durante um ato com os governadores eleitos na Venezuela pelo PSUV, o vice-presidente Nicolás Maduro garantiu que o presidente Hugo Chávez deixou "orientações precisas" sobre o que deve ser feito em sua eventual ausência, mas evitou especular sobre o adiamento da posse do presidente - que se recupera de uma cirurgia em função de um câncer na região pélvica. Maduro manifestou sua confiança de que o líder venezuelano irá se recuperar e agradeceu a lealdade demonstrada nas urnas.
"Chávez vem melhorando dia após dia, mas, caso algo não aconteça, o mandatário deixou orientações públicas sobre o que fazer", afirmou.
O vice-presidente também garantiu que Chávez vem se recuperando e que o governo tem informado sobre seu estado de saúde com transparência. "As notícias que estamos transmitindo são exatamente a verdade sobre que aconteceu, dia após dia (...). Ele é o comandante das mil vitórias e dos milagres e por isso vamos nos concentrar em que isso (a recuperação) é o que vai acontecer. Temos fé de que estamos a caminho de um cenário favorável. Não queremos avançar no terreno das especulações, mas no cenário das certezas."
Mais cedo, O presidente da Assembleia Nacional venezuelana e vice-presidente do partido governista PSUV, Diosdado Cabello, admitiu que o dia da posse de Hugo Chávez pode ser adiado. Apesar de assegurar que o presidente está se recuperando bem em Havana, ele preferiu não divulgar uma previsão de quando Chávez voltará ao país para tomar posse no novo mandato, após ser reeleito nas votações presidenciais deste ano.
Se Chávez não puder comparecer à posse e o TSJ se recusar a firmar outra data, o artigo 233 da Constituição venezuelana prevê que o presidente do Parlamento assuma o governo. Ou seja, Diosdado Cabello torna-se presidente da República, com a missão definida de convocar uma nova eleição dentro de um prazo de 30 dias em caso de falta definitiva. Se for declarada falta temporária, há um prazo de 90 dias que pode ser contado após a data da posse, prorrogado por mais 90.
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