![Maduro afirma ter provas de que apagão foi armado Há planos [da oposição] para deixar o país sem luz.-Nicolás Maduro, presidente da Venezuela | Carlos Garcia Rawlins/Reuters](https://media.gazetadopovo.com.br/2013/12/maduro_51213-1.0.95291207-gpLarge.jpg)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que sabotadores provocaram o apagão do dia anterior, interrompendo o fornecimento de energia na capital e em outros 15 estados da região central e oeste do país. Maduro disse que o problema aconteceu no sistema 765, entre as estações San Gerónimo e la Orqueta, no estado de Carabobo.
"Há planos [da oposição] para deixar o país sem luz", disse Maduro num discurso transmitido na noite de terça-feira pela emissora estatal de televisão. Segundo ele, a ruptura de condutores num local deserto de Carabobo leva a crer que havia a intenção de afetar o sistema elétrico nacional por um período entre 24 e 48 horas.
Há uma "hipótese sobre como puderam explodir os condutores", um caso que ocorreu "pela primeira vez em 30 anos" e apenas alguns dias antes das eleições municipais, declarou o presidente, sem apresentar mais detalhes.
Segundo Maduro, o apagão teria como objetivo criar "ansiedade e nervosismo" antes das eleições, marcadas para domingo, 8 de dezembro.
As autoridades negam as afirmações de analistas que atribuem a falha a problemas graves nas linhas de transmissão, que estariam no limite da carga elétrica, além da falta de manutenção do sistema.
O apagão interrompeu um discurso de Maduro, no palácio do governo, que era transmitido pela televisão estatal.
Situação parecida aconteceu em setembro, quando quase 70% do país ficou sem luz por várias horas por causa de uma falha em uma das principais linhas de transmissão no centro do país. Maduro atribuiu o problema a uma suposta sabotagem, mas não apresentou provas.
Em seus sete meses de governo, Maduro tem denunciado a existência de uma série de sabotagens e planos de assassinato, acusações que a oposição afirma fazerem parte de uma estratégia do governo para distrair a atenção dos venezuelanos da economia ruim.
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