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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou durante sua visita à Pequim que, "em breve, poderá enviar os primeiros astronautas venezuelanos à Lua".
A afirmação foi feita após a assinatura de um acordo de cooperação científica do país com o governo chinês, chefiado pelo ditador Xi Jinping, nesta quarta-feira (13). "Sucesso total na jornada de trabalho. Três horas e meia trabalhando com o ditador Xi Jinping. O que vamos fazer é ir para a Lua", disse Maduro em um vídeo divulgado na rede social X (antigo Twitter).
Maduro afirmou que o novo acordo entre os países permitirá que venezuelanos sejam treinados por astronautas chineses para, futuramente, participarem de operações espaciais com a China. "Muito em breve veremos os jovens venezuelanos se preparando como astronautas aqui, nas escolas chinesas", disse.
No discurso final antes de regressar para a Venezuela, após uma semana de reuniões com o Partido Comunista Chinês (PCC), o ditador venezuelano afirmou que essa é "uma etapa esplendorosa de conquistas econômicas, culturais, educativas, civilizatórias e científicas" para seu país.
Na segunda-feira (11), logo depois de sua chegada no país asiático, Maduro já havia anunciado outra parceria em andamento: a entrada da Venezuela no banco dos Brics, conhecido pela sigla NDB (sigla em inglês para Novo Banco de Desenvolvimento).
"A Venezuela tem esperança de que muito em breve vai ingressar no banco dos Brics. Dei ordem ao vice-presidente executivo para tomar todas as medidas necessárias para que o país esteja nesse processo", afirmou em um discurso na província chinesa de Shandong.
Na China, ele se reuniu com a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, que é a atual chefe do NDB.
Primárias de outubro
Ao mesmo tempo em que busca aumentar as parcerias com países aliados, o ditador Nicolás Maduro se prepara para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela.
Em outubro, a oposição realizará suas primárias para definir o candidato que enfrentará o atual líder do regime no pleito. Entretanto, a ditadura venezuelana tem criado diversos obstáculos para sabotar o processo eleitoral.
Os principais meios encontrados de "frear" a oposição, até o momento, foram as mudanças no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), presidido pelo controlador que inabilitou María Corina Machado, a opositora favorita para disputas as eleições contra o ditador, além de perseguição política a outros candidatos.
As ações repressivas do regime venezuelano renderam ao país uma série de sanções internacionais que o próprio governo afirma que "têm prejudicado gravemente a economia da Venezuela e o bem-estar de seu povo”.
Segundo o Observatório Venezuelano Antibloqueio, mais de US$ 22 bilhões de ativos venezuelanos estão bloqueados no sistema financeiro internacional devido às medidas econômicas estrangeiras.