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"Agentes infiltrados"

Maduro chama de “terroristas” espanhóis presos na Venezuela por alegado “complô” contra seu regime

Nicolás Maduro, ditador da Venezuela: país vive onda de violência e perseguição política (Foto: Miguel Gutiérrez/Agência EFE)

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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou de “terroristas” os dois espanhóis detidos - que ele vincula ao Centro Nacional de Inteligência da Espanha (CNI) - por suas supostas ligações com uma operação de desestabilização contra seu regime.

Em seu programa semanal transmitido pela emissora estatal de televisão VTV, Maduro disse que os dois cidadãos do país europeu são “agentes infiltrados” do CNI e rejeitou as declarações dos pais dos espanhóis de que eles estavam na Venezuela como turistas, depois de terem visitado a Colômbia.

Maduro afirmou que os dois “foram capturados e que estão condenados, são confessos e com provas cabais das ações que estavam realizando dentro da Venezuela para assassinar pessoas, colocar bombas, etc.”.

“Agora dizem que eles eram bons rapazes, turistas, que estavam passeando e foram capturados”, disse Maduro, com ironia, além de acrescentar, sem apresentar provas, que "é muito surpreendente que o CNI espanhol esteja envolvido em operações contra a Venezuela".

Por sua vez, o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, aliado de Maduro e número 2 do chavismo, disse que o CNI, apesar de estar vinculada ao Ministério da Defesa da Espanha, é uma “entidade totalmente autônoma” que “realiza operações em todo o mundo, cumprindo as instruções dadas pela (agência de inteligência dos Estados Unidos) CIA".

Os espanhóis são Andrés Martínez Adasme e José María Basoa Valdovinos, de 32 e 35 anos, respectivamente, que foram detidos em Puerto Ayacucho e em cujos telefones, de acordo com o regime venezuelano, foram encontradas conversas nas quais eles perguntavam “como comprar explosivos” e “contatar grupos que queriam fazer algum trabalho especial”.

O Ministério das Relações Exteriores da Espanha negou que o país esteja envolvido em uma “operação de desestabilização política” na Venezuela e “rejeitou categoricamente qualquer insinuação” nesse sentido.

A pasta também negou que os dois detidos façam ou tenham feito parte do CNI, como alegou a ditadura chavista, ou que trabalhem para qualquer outro órgão estatal.

De acordo com as famílias dos espanhóis, ambos estavam na Venezuela como turistas. No último dia 9, sem terem notícias sobre os dois, elas relataram em redes sociais e à polícia o desaparecimento deles. (Com Agência EFE)

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