Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
crise diplomática

Maduro chama Rajoy de racista e Espanha convoca embaixador

O embaixador da Venezuela em Madri, Mario Isea, chega ao Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha para dar explicações | Angel Diaz / EFE
O embaixador da Venezuela em Madri, Mario Isea, chega ao Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha para dar explicações (Foto: Angel Diaz / EFE)

Espanha e Venezuela vivem o pico de mais uma forte tensão por causa da guerra verbal entre Nicolás Maduro e o alto escalão espanhol. Nesta quarta-feira (15), o embaixador do país sul-americano foi convocado para que os ibéricos expressassem seu descontentamento com novas declarações de Maduro. O mandatário venezuelano afirmou na terça-feira (14) que “os abusos de Rajoy acabaram”, acusando o premier espanhol de covardia e racismo por suas críticas à repressão e a censura locais.

“A Venezuela não se deixará agredir nem por mil cortes. Que as cortes espanholas vão opinar de suas mães, mas não da Venezuela. Seus abusos acabaram, Rajoy. A Venezuela é para ser respeitada, que saiba a Espanha inteira. Prepararemos um conjunto de respostas ao golpismo do covarde e racista Rajoy, que desvaloriza aqueles ao sul, os asiáticos”, declarou o venezuelano em cadeia nacional, em crítica à aprovação de uma lei de repúdio a Caracas por conta das prisões políticas de opositores. “A elite corrupta europeia sempre organiza manobras, jogadas e asquerosidades contra o país”.

Mario Isea foi recebido no Ministério de Relações Exteriores pelo diretor-geral para a América Ibérica, Pablo Gómez-Olea. Por cinco minutos, ele criticou as declarações de Maduro e as classificou como “inaceitáveis”.

“As autoridades espanholas sempre terão respeito pela dignidade das pessoas que ocupam cargos no governo na Venezuela. Foi informado ao embaixador que este tipo de declarações e insultos não contribuem a um mínimo entendimento entre dois governos que respresentam dois povos unidos historicamente pelos mesmo laços”, declarou a chancelaria em comunicado.

A lei de repúdio a prisões como as de Leopoldo López e Antonio Ledezma foi aprovada com 306 votos a favor e 19 contra. Rajoy e outros líderes, como o ex-premier Felipe González, tem comprado briga por conta da repressão e da situação dos presos no país. O segundo chegou a anunciar que faria a defesa dos opositores detidos.

Madri e Caracas vivem tensões desde outubro, quando Rajoy hospedou Lilian Tintori, mulher de López, na sede do Partido Popular (PP) . Ele expressou sua preocupação pela repressão vivida no país, e Maduro então convocou Isea para consultas. Ele só foi reintegrado ao cargo em março.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.