O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou nesta terça-feira (22) a Kazan, na Rússia, para participar da cúpula dos Brics, que está sendo realizada até quinta (24).
Em declarações divulgadas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), o líder chavista disse que o bloco é símbolo de “esperanças de um mundo sem colonialismo”.
“É a primeira vez que um presidente da Venezuela participa pessoalmente convidado a uma cúpula de chefes de Estado dos Brics, e é histórico para um presidente participar deste tipo de cúpula. Já participamos a nível ministerial e já fazemos parte da engenharia do mundo multicêntrico pluripolar que [os países do bloco] estão fazendo”, afirmou Maduro.
“Aqui, viemos compartilhar os nossos sonhos, as nossas esperanças de um mundo sem colonialismo, sem hegemonismo, nem impérios, de um mundo que as superpotências emergentes possam compartilhar com os países que aspiramos, a partir do Sul Global, à independência, ao desenvolvimento, à prosperidade”, disse o ditador.
A Venezuela é candidata a entrar nos Brics, mas a Rússia afirmou que a ampliação do bloco não está na agenda da cúpula em Kazan.
Rússia, China e Irã, ditaduras que integram o bloco e são parceiras do chavismo, parabenizaram Maduro pela “vitória” na eleição presidencial de julho, vencida pela oposição, mas cujo resultado oficial proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontou que o ditador foi o vencedor.