O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu às sugestões feitas pelos aliados e presidentes do Brasil e da Colômbia, Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro, respectivamente, sobre a crise política em seu país, gerada após a fraude chavista nas eleições presidenciais realizadas no dia 28 de julho.
Em uma entrevista transmitida pela televisão estatal venezuelana VTV nesta quinta-feira (15), Maduro comentou as propostas de Lula e Petro, sem rejeitar ou aceitar, reiterando apenas que “qualquer resolução de conflitos internos” deve ser conduzida exclusivamente pelas “instituições e pela Constituição venezuelanas”.
O ditador chavista disse que “Venezuela é um país independente, com uma Constituição, tem instituições, e os conflitos de qualquer característica se resolvem entre venezuelanos, com suas instituições, com sua lei”. Ele enfatizou que não pratica "diplomacia de microfones", sugerindo que as intervenções externas não são apropriadas para resolver questões internas do país sul-americano.
A resposta de Maduro surgiu após Lula ter sugerido que a Venezuela deve formar um “governo de coalizão” ou realizar novas eleições para resolver a crise política atual. Em uma entrevista a uma rádio de Curitiba, Lula citou a falta de transparência nas eleições venezuelanas e enfatizou que Maduro “deve uma explicação a todo o mundo” sobre a situação.
Por sua vez, Gustavo Petro também fez sugestões semelhantes, propondo a criação de uma “frente nacional” na Venezuela.
Além de responder às propostas de Lula e Petro, Maduro também criticou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusando-o de ter uma postura “intervencionista” em relação aos “assuntos internos da Venezuela”.