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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou na quarta-feira (2) que seu país manterá relações comerciais com a Rússia após a invasão da Ucrânia, depois que várias nações e blocos optaram por se dissociar da nação eurasiática.
"Agora que o Ocidente entrou em histeria, desespero e loucura com a Rússia, vamos manter nossas relações comerciais com a Rússia e estamos prontos para vender a eles tudo o que pudermos, modestamente, e tudo o que a Rússia precisa comprar, tudo", disse Maduro durante um ato de governo transmitido pela emissora estatal VTV.
"A guerra econômica é a principal guerra que o imperialismo trava contra a Rússia para destruí-la. O objetivo do império dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) era cercá-la militarmente e a Rússia agiu", acrescentou.
O presidente venezuelano indicou ainda que ontem falou por telefone com seu homólogo russo, Vladimir Putin, a quem garantiu que o país caribenho "resistiu modestamente" às "mesmas medidas" anunciadas pelos Estados Unidos e pela Europa, mas que a Venezuela atualmente "está de pé, vitoriosa, recuperando, produzindo".
Maduro classificou as medidas tomadas contra a Rússia por vários países como um "crime contra o povo russo", embora não tenha mencionado a tentativa de ocupação bélica em andamento.
"Veja o que eles estão fazendo com a Rússia, é um crime o que eles estão fazendo contra o povo russo, uma guerra econômica, eles os tiraram do sistema Swift (de comunicação interbancária internacional), fecharam seu espaço aéreo, fecharam vínculos comerciais, eles fecharam e proibiram o uso do dólar, o que estão fazendo com a Rússia é uma loucura", declarou.
Por fim, o presidente venezuelano opinou que "os problemas do mundo devem ser resolvidos diplomaticamente e politicamente" para "preservar a paz mundial".