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Ditador chavista

Maduro debocha de González e diz que opositor pediu “clemência” ao regime

Maduro debocha de González e diz que opositor pediu "clemência" ao regime
O ditador da Venezuela Nicolás Maduro (Foto: EFE/Ronald Peña R.)

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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, debochou publicamente do opositor Edmundo González Urrutia, ex-candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), e o acusou de ter pedido "clemência" ao regime chavista para deixar o país.

Durante um discurso transmitido pela emissora estatal Venezolana de Televisión nesta quinta-feira (19), Maduro afirmou que González, que está refugiado na Espanha, teria solicitado ajuda do regime venezuelano para deixar o país, contradizendo as acusações do opositor, que já afirmou ter deixado a Venezuela após ser alvo de repressão.

“Me dá pena alheia que você, senhor González Urrutia, que me pediu clemência, não tenha palavra. Que não tenha palavra com o que se comprometeu e agora venha alegar sua própria torpeza e covardia para tentar salvar eu não sei o quê", disse Maduro em tom de deboche, durante a transmissão da estatal.

A fala do ditador chavista foi considerada também uma resposta direta às declarações de González, que, um dia antes, havia denunciado ter sofrido chantagens e pressões por parte da ditadura de Caracas para assinar um documento que teria garantido seu salvo-conduto para sair do país. González diz que foi coagido a assinar um documento reconhecendo a decisão do Supremo venezuelano sobre a vitória de Maduro nas eleições.

A saída de González da Venezuela ocorreu em um voo das Forças Aéreas espanholas, que o levou diretamente a Madri. O opositor afirma que, durante o processo de saída do país sul-americano, foi pressionado a assinar este documento de Maduro sob a ameaça de enfrentar "consequências" caso se recusasse. Para González, tal coação anula a validade do texto que ele assinou, sustentando que sua saída do país não foi voluntária, mas sim resultado de um mecanismo de intimidação por parte do regime de Maduro.

Segundo a versão oficial do chavismo, González teria solicitado uma negociação direta com o regime, sem que houvesse qualquer forma de intimidação.

“Ninguém pode alegar sua própria covardia e traição aos seus seguidores. Não sei o que ele espera salvar, porque já perdeu sua moral para sempre”, disse Maduro, utilizando-se de uma retórica destinada a enfraquecer a imagem de seu adversário político.

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