O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste sábado (30) um aumento de 30% no salário mínimo do país, para 15.051 bolívares por mês. Ainda que no câmbio oficial, controlado pelo governo e de acesso altamente restrito, o valor seja alto (correspondendo a US$ 1.505), ele não chega a US$ 14 no paralelo.
Segundo o Banco Central da Venezuela, 2015 fechou com retração econômica de 5,7% e inflação de 180,9%. A inflação esperada para este ano é de 720%, segundo o FMI. Além disso, o país atravessa uma grave escassez de produtos básicos, de comida a remédios.
Maduro
Desde que foi eleito à Presidência, em abril de 2013, Maduro aumentou o salário mínimo no país 12 vezes. No mesmo meio tempo, o bolívar desvalorizou 98% frente ao dólar no câmbio paralelo.
Críticos do governo chavista dizem que a sucessão de aumentos do salário mínimo demonstra a incapacidade do governo de controlar a inflação e a recessão econômica. “Este aumento é uma piada. A inflação está em disparada!”, disse o líder da oposição Henrique Capriles pela rede social Twitter.
Disparidade
Também o vale-alimentação, recebido por trabalhadores, foi reajustado em 40%, para 18.585 bolívares. De acordo com o Centro de Documentação e Análise dos Trabalhadores (Cenda), a cesta básica de alimentos na Venezuela custa 89 mil bolívares.
Pesquisas de opinião pública mostram que 84% dos venezuelanos consideram a situação do país negativa. Outros 60% concordam com a saída de Maduro do poder.
Na sexta (29), a Polar, principal fabricante de cerveja da Venezuela, suspendeu as operações de sua última fábrica após ser impedida de ter acesso a divisas em moeda estrangeira para compra de matéria prima.
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