Seria hilário se não fosse absolutamente trágico. O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que destruiu a economia de um país que já esteve entre os mais ricos da América Latina e hoje é mais pobre que o Haiti, prometeu neste sábado (15) erradicar até 2025 a extrema pobreza no país, situação que, de acordo com a Pesquisa sobre Condições de Vida (Encovi) da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), corresponde a 76,6% da população.
Maduro garantiu ao Parlamento que, em 2021, a extrema pobreza no país, "medida com esta metodologia das Nações Unidas", era de 4,1% da população.
"Propusemos, para 2025, extrema pobreza zero. Vai ser difícil, mas tem que ser a meta", declarou, sem ao menos enrubescer.
O mandatário disse também que houve uma melhora "substancial" nos indicadores de pobreza "geral", de 18,4% para 17,7% em 2021, "em meio à recuperação econômica milagrosa".
Em setembro do ano passado, a UCAB informou que, segundo a Encovi, 94,5% dos venezuelanos vivem abaixo da faixa de pobreza, caso seja medida pela renda.
A pesquisa também mostrou que 76,6% dos venezuelanos vivem abaixo da linha de extrema pobreza, o que representa 8,9 pontos percentuais a mais do que no relatório anterior, de 2019/2020.
Na apresentação do relatório, Luis Pedro España, pesquisador e professor da UCAB, explicou que o crescimento da pobreza atingiu "o que pode ser o teto" e disse duvidar que cresça ainda mais.
"A pobreza não vai crescer, este é o máximo possível porque temos 5% (da sociedade) que tem como indexar (os seus salários) quando há inflação ou manter o neu nível de renda apesar da recessão", analisou o professor, ao explicar que o que varia, "basicamente, é a extrema pobreza".
O estudo mostrou que em 2019/2020 a taxa de extrema pobreza era de 67,7%, enquanto em 2018 era de 76,5% da sociedade.
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