A líder opositora María Corina Machado, durante manifestação em Caracas em 28 de agosto| Foto: EFE/Ronald Peña
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A ditadura da Venezuela anunciou nesta quarta-feira (16) que a líder opositora María Corina Machado “fugiu” para a Espanha”, onde está exilado o ex-candidato presidencial pela principal coalizão de oposição ao ditador Nicolás Maduro, Edmundo González, considerado o vencedor das eleições de 28 de julho pelo Congresso do país europeu, pelos Estados Unidos, Argentina e outros países.

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Maduro, que foi proclamado reeleito pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), disse que Machado “também deixou” o país e “fugiu” para “um bom bar em algum lugar da Espanha”.

Embora ele não tenha mencionado o nome da líder opositora, o ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez, aproveitou essas declarações e disse na plataforma de mensagens Telegram que, de acordo com o presidente venezuelano, “María Corina Machado fugiu do país para a Espanha”.

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Pouco depois, em entrevista à emissora EVTV, Machado disse que permanece na Venezuela.

“Os venezuelanos sabem que estou aqui na Venezuela, as pessoas sabem disso e Nicolás Maduro também sabe, o que acontece é que ele está desesperado para saber onde estou, mas não vou lhe dar esse prazer”, disse a líder da oposição.

“Estamos num momento importante em que se decide o futuro de milhões de venezuelanos, são horas decisivas em que se decide o futuro da Venezuela, se podemos construir um país luminoso e cheio de oportunidades ou se Maduro, pela força, como ele disse, prolongará o sofrimento”, acrescentou.

Em 28 de setembro, quando se completaram dois meses da fraude eleitoral na Venezuela, Maduro havia falado que Machado estava preparando sua fuga da Venezuela.

“Hoje lhes digo, a suposta abelha-rainha ficou sem abelhas e está preparando suas malas Gucci (...). Ela sabe o que estou dizendo, ‘La Sayona’ [em referência a Machado] está se preparando para ir embora, compadre, estou lhes dizendo, eles são covardes”, disse Maduro durante uma manifestação para comemorar sua vitória eleitoral fraudulenta, no estado de La Guaira.

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“Os fascistas promovem o ódio, a divisão, a intolerância, buscam a violência, quando estão em grupo se rebelam, mas quando são derrotados, são uns covardes”, acrescentou o ditador.

Desde a fraude eleitoral que deu a vitória a Maduro na eleição presidencial de 28 de julho, Machado tem divulgado mensagens e convocado manifestações para cobrar a proclamação de González como vencedor do pleito, mas não tem informado seu paradeiro.

Ela é acusada pelo chavismo de incitar a violência nas manifestações pós-eleitorais (nas quais as forças de segurança de Maduro mataram 27 pessoas e prenderam cerca de 1,8 mil, segundo relatos de ONGs, da oposição e da imprensa venezuelanas) e de ter cometido crimes ao divulgar num site cópias das atas de votação que comprovam a vitória de González.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]