Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Ditadura chavista

Maduro diz que “amigos extraordinários” de outros países passam informações sobre opositores

Maduro diz que "amigos extraordinários" de outros países passam informações sobre opositores
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: EFE/Ronald Peña R.)

Ouça este conteúdo

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, indicou nesta quarta-feira (4) que seu regime tem contado com a ajuda de “amigos internacionais” para monitorar e reprimir os opositores no país.

Segundo informações do portal argentino Infobae, durante a inauguração de um consultório médico, transmitida pela rede estatal Venezolana de Televisión (VTV), Maduro destacou que “amigos extraordinários entre o povo de distintos países do mundo” estariam fornecendo informações antecipadas “o tempo todo” sobre os movimentos da oposição. A fala do ditador chavista veio acompanhada de elogios aos órgãos de inteligência e contrainteligência do regime, que contribui diretamente na captura de opositores.

“Uma inteligência e uma contrainteligência e alguns organismos de segurança e amigos extraordinários entre o povo de diferentes países do mundo [...] informam tudo com antecedência”, disse o ditador.

Segundo Maduro, suas forças de repressão continuam a capturar os indivíduos ligados à principal coalizão opositora, a Plataforma Unitaria Democrática (PUD), à qual acusou de estar por trás de planos “fascistas” e “diabólicos”.

Maduro se vangloriou da capacidade de seu regime em neutralizar os alegados “planos fascistas” em tempo real. O ditador se recusou a fornecer mais detalhes sobre os “amigos de diferentes países do mundo” que estariam repassando informações para a ditadura, alegando que qualquer nova informação poderia “comprometer investigações em andamento”.

"Primeiro colocamos os ganchos [as prisões], depois informamos ao povo", disse Maduro.

As declarações de Maduro vêm em meio a uma crescente repressão contra figuras opositoras no país, como María Corina Machado e Edmundo González Urrútia, ambos líderes da PUD. Machado e González denunciaram a fraude nas recentes eleições presidenciais, nas quais o resultado oficial deu a vitória a Maduro, apesar das alegações de que a oposição teria obtido ampla maioria. Diversos países não reconheceram a reeleição do líder chavista e pediram que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por aliados de Caracas, cumpra suas normas e publique os resultados detalhados da votação.

González neste momento está sob ordem de prisão, emitida contra ele na última segunda-feira (2). Maduro já acusou María Corina Machado de ser uma "criminosa", sem apresentar provas. Opositores temem que Machado seja o próximo alvo do ditador chavista.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.