O Fundo Monetário Internacional projeta que a inflação na Venezuela, neste ano, deva ficar próxima dos 13.000%. A economia deve encolher 15%. Mas o ditador venezuelano Nicolás Maduro insiste em afirmar que seus opositores estão equivocados em culpá-lo pela crise econômica que atinge o país.
“É uma simplificação estúpida pensar que este problema é devido a Nicolás Maduro. É um problema de todo o país”, disse ele, ao prestar juramento à Assembleia Constituinte.
Ele disse que sozinho não seria capaz de solucionar os problemas econômicos pela qual passa o país.
Nesta quinta, segundo o canal oficial de televisão VTV, ele convocou empresários nacionais e estrangeiros para relançar o país. Entre os países que ele convocou para investir na Venezuela estão a Rússia, Belarus e Irã, conhecidos por não serem regimes democráticos.
Mais uma promessa
Analisando o resultado das eleições, o departamento de pesquisa econômica do banco inglês Barclays acredita que é pouco provável que Maduro cumpra a sua promessa de estabilizar a economia.
“Sem uma solução à crise política e com as sanções vigentes, o governo não conseguirá obter o financiamento necessário para baixar a tensão”, destaca relatório da instituição financeira, divulgado a investidores.
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A situação na Venezuela é crítica. Desde o início do ano, segundo a empresa de consultoria Ecoanalítica, os preços dos alimentos e das bebidas não alcoólicas aumentaram quase 5.000%.
A indústria petrolífera, um dos principais motores da economia venezuelana, está em crise. A produção está nos menores níveis em 30 anos. O ditador prometeu aumentar a produção para 1 milhão de barris por dia neste ano, mas não deu detalhes de como fazer.
Muito ceticismo
Mas, o Barclays expressa seu ceticismo em relação à meta. “Esperamos que a produção de petróleo baixe a menos de 1 milhão de barris por dia no final do ano, com o risco de uma produção tão baixa quanto 500 mil barris por dia e uma taxa de inflação em torno de 200.000%.”
O documento da instituição financeira aponta que a Venezuela teve muitas tentativas para encontrar uma solução à crise atual por meio de canais institucionais, mas tem sido bloqueados pelo governo. “Nesta etapa, poderia aumentar a possibilidade de uma situação não institucional”, conclui o relatório.
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