O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro| Foto: EFE/Bienvenido Velasco
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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, oficialmente candidato do chavismo para as eleições presidenciais de 28 de julho, descreveu nesta segunda-feira (25) os líderes do setor mais amplo da oposição como "peças do jogo" dos Estados Unidos para "se apoderar" do país sul-americano.

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Depois de formalizar sua candidatura perante o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que está impondo obstáculos para que a candidata opositora Corina Yoris faça o mesmo, Maduro disse que "os sobrenomes" - como ele se refere agora com frequência aos membros da principal coalizão de oposição, a Plataforma Unida Democrática (PUD) - e seus "fantoches de plantão não pensam por si mesmos", mas "são peças no jogo do império norte-americano para dominar a Venezuela".

O líder do regime chavista disse que durante cinco anos, a partir de 2015, quando a oposição obteve a maioria dos votos nas eleições parlamentares da época, esse setor se dedicou a "buscar a violência, a guerra civil, a pedir sanções contra a sociedade e a economia, a pedir o bloqueio e a invasão de seu próprio país".

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"Nunca nos esqueçamos, é proibido esquecer, foram cinco anos de destruição contra o povo, contra a soberania, contra a democracia. Eles são a falta de esperança, o passado fracassado, o nada", afirmou Maduro.

A ditadura venezuelana anunciou neste domingo (24) a criação de uma comissão para elaborar um projeto de lei contra "o fascismo e qualquer expressão neofascista no exercício da política e da vida nacional", tendo em vista "os atos de violência que o país viveu em 2014, 2015, 2017", quando ocorreram múltiplos protestos pela liberdade e contra Maduro, que foram brutalmente reprimidos pelo chavismo.

O ditador venezuelano se tornou nesta segunda-feira o décimo político a oficializar sua candidatura nas eleições, onde provavelmente tentará se perpetuar no poder, poucas horas antes do prazo estabelecido no cronograma eleitoral para a apresentação de candidaturas.

Enquanto isso, a PUD denunciou impedimentos para acessar o sistema e registrar sua candidata, a historiadora Yoris, escolhida como nova representante da oposição, diante da inelegibilidade até 2036 de María Corina Machado, que foi a vencedora das primárias opositoras de outubro.

A aliança antichavista solicitou ao CNE - que não comentou os motivos desse impedimento - que estendesse por três dias o período para as indicações, a fim de "remediar as violações de fato e de direito que ocorreram no processo".

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O órgão eleitoral também não comentou o pedido da plataforma de oposição para a prorrogação do período de registro.

Mais cedo, sete países latino-americanos, incluindo Argentina e Uruguai, assinaram um comunicado pedindo para que a Venezuela permitisse a inscrição de Yoris.

Os governos signatários do comunicado enfatizaram que a situação atual da Venezuela “levanta questões sérias sobre a integridade e transparência do processo eleitoral” que será realizado no país. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]