O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira (31) que o candidato presidencial opositor Edmundo González Urrutia e sua principal apoiadora, Maria Corina Machado, deveriam estar “atrás das grades” por causa de “ações criminosas” que segundo ele foram realizadas nos últimos dias, quando houve vários protestos no país contra o resultado oficial das eleições do último domingo (28), que estão sob fortes críticas.
“Se você perguntar minha opinião como cidadão, eu lhe digo que essas pessoas têm que estar atrás das grades, e tem que haver justiça na Venezuela”, declarou Maduro em entrevista coletiva.
Maduro, que foi proclamado vencedor das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelos chavistas, sem o total de votos apurados, chamou Urrutia de “covarde” e Machado de “criminosa fascista de extrema-direita”.
“Eles deveriam, em vez de se esconder, comparecer ao Ministério Público e mostrar seus rostos, em vez de fugir como covardes e continuar a convocar a insurreição de seus grupos criminosos”, acrescentou Maduro, apesar de nenhum dos dois opositores estarem se escondendo em nenhum lugar, já que nesta terça-feira (30) eles lideraram mobilizações em Caracas.
O pedido para a prisão dos dois antichavistas foi feita na terça-feira pelo presidente do Parlamento, o governista Jorge Rodríguez, que os acusou de serem responsáveis por uma “conspiração fascista” contra as eleições.