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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro| Foto: EFE/Rayner Peña R.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (14) que espera “aproveitar ao máximo” seu encontro com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em declarações à imprensa na chegada a São Vicente e Granadinas, onde ambos os líderes discutirão a disputa territorial entre os seus países.

Maduro "comemorou" o fato de que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o Brasil tenham promovido o encontro, que espera "aproveitar ao máximo para que a área latino-americana e caribenha continue a ser uma zona de paz”, segundo declarou à emissora estatal venezuelana VTV no Aeroporto Internacional de Argyle.

“Venho com um mandato do povo da Venezuela, uma palavra de diálogo, uma palavra de paz, mas para defender os direitos do povo, da nossa pátria”, disse o líder do regime chavista.

Além disso, Maduro reiterou que seu objetivo nesta primeira conversa com Ali é “buscar, através do diálogo e da negociação, soluções práticas, eficazes e satisfatórias, conforme determina o Acordo de Genebra”, um documento assinado em 1966 e que a Venezuela reconhece como o único instrumento legal legítimo para resolver a disputa.

A VTV informou ainda que Ali já se encontra em São Vicente e Granadinas, onde também compareceram líderes caribenhos e um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) para apoiar estas conversas, as primeiras desde que a Venezuela aprovou unilateralmente em um referendo a anexação da área disputada, sob controle de Georgetown.

A reunião, que visa conter a tensão e evitar ações individuais, foi proposta por vários países da região, especialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enviou para o encontro o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim.

Apesar da intenção dos mediadores de procurar um acordo, Ali afirmou, no início desta semana, que o objetivo da reunião é reduzir a tensão, mas não negociar sobre a fronteira terrestre, enquanto Maduro destacou que espera que seja um "ponto de partida para o retorno das negociações", ao mesmo tempo em que prosseguiu com os planos unilaterais para Essequibo, embora com tom mais ameno.

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