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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu nesta quarta-feira (29) que o país, "faça chuva, trovão ou relâmpago", vai realizar no próximo domingo (3) o referendo consultivo não vinculativo sobre a disputa com a Guiana por um território de quase 160 mil quilômetros quadrados, localizado a oeste do rio Essequibo.
"Digo ao governo da Guiana, digo à ExxonMobil e ao Comando Sul: na Venezuela, faça chuva, trovão ou relâmpago, no domingo, 3 de dezembro, a pátria será abençoada, e o povo estará nas ruas votando e decidindo, porque na Venezuela o povo governa", disse o líder chavista durante uma reunião com as forças de mobilização da campanha para o evento eleitoral em Caracas.
O ditador venezuelano acusou o governo da Guiana, segundo ele "controlado" pela empresa petrolífera americana ExxonMobil, de tentar "manchar, danificar, sujar e impedir" o referendo convocado na Venezuela.
Ele também pediu aos Estados Unidos que "abram os olhos, olhem com atenção, ouçam com atenção, não é um homem, não é Maduro, é um povo, é o homem, é a mulher comum, é a criança, é a menina semeada para sempre para o florescimento e a independência da Venezuela".
Ele garantiu que, a partir do exterior, "pagaram" campanhas para "questionar" o referendo consultivo, mas reiterou que "está escrito" que o evento será realizado e terá uma alta participação popular.
Com mobilizações, shows, visitas a comunidades, distribuição de folhetos e propaganda nas redes sociais, a Venezuela está realizando uma campanha, promovida pelo governo, para o referendo, no qual os cidadãos responderão se concordam ou não com a anexação da área disputada, por meio da criação de um estado chamado Guayana Esequiba.
A Guiana disse recentemente que a Venezuela está usando o referendo como uma "distração de seus problemas internos como a fome, da qual as pessoas fugiram".
Segundo o jornal venezuelano Efecto Cocuyo, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) deve anunciar nesta sexta-feira (1º) sua decisão sobre o pedido de medida provisória, ajuizado pela Guiana, contra o referendo consultivo no território de Essequibo, enviado ao tribunal no início deste mês.
Na solicitação de interferência da corte internacional, foi pedido "urgência do assunto", para que o referendo marcado pela ditadura de Nicolás Maduro para o dia 3 de dezembro na Venezuela fosse totalmente suspenso.
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