Após promover perseguições contra o oposicionista Edmundo González e ofendê-lo antes e depois da eleição presidencial, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite desta segunda-feira (9) que “respeita” a “decisão” do ex-diplomata de deixar o país – opção à qual foi forçado para não ser preso pelo chavismo.
“Posso dizer ao embaixador González Urrutia, em Madri, lhe digo, o meu respeito pela sua decisão, todo o meu respeito pela decisão que tomou. Espero que tudo corra bem para você e tenha certeza de que seus desejos de paz e harmonia serão realizados na Venezuela, a paz reinará acima de tudo”, disse o ditador em seu programa de televisão, segundo informações do site Efecto Cocuyo.
González, que foi o vencedor da eleição presidencial de 28 de julho, segundo cópias de atas de votação divulgadas pelo seu bloco partidário, deixou a Venezuela e foi para a Espanha no fim de semana depois de a Justiça, dominada pelo chavismo, emitir uma ordem de prisão contra ele.
Proclamado vencedor pelo corrompido órgão eleitoral da Venezuela, Maduro havia chamado González de “covarde” na semana passada e dito que o oposicionista quer “estar acima das leis”.
Antes da ordem de prisão contra o ex-diplomata, o ditador também havia afirmado que González estava “metido numa caverna e preparando sua fuga da Venezuela”, com o objetivo de levar “dinheiro para Miami”.
No seu programa de televisão nesta segunda-feira, Maduro voltou a argumentar que venceu a eleição de forma legítima.
“Jogamos limpamente e vencemos limpamente, quando digo que vencemos, é que a paz do país venceu, hoje o país está calmo, o país aplaude o que aconteceu”, disse o ditador.