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O ditador venezuelano Nicolás Maduro em ato de campanha em Caracas, em 18 de julho.
O ditador venezuelano Nicolás Maduro em ato de campanha em Caracas, em 18 de julho| Foto: Miguel Gutiérrez/EFE

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fechou o espaço aéreo venezuelano para aeronaves que lavavam observadores das eleições, convidados pela oposição. O veto à presença dos observadores no país foi relatado nas redes sociais por políticos de países da América Latina impedidos de entrar na Venezuela.

Políticos, assessores parlamentares e cidadãos comuns convidados como observadores também foram deportados da Venezuela por ordem do ditador.

Pelas redes sociais, nesta sexta-feira (27), o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, confirmou que um voo da Copa Airlines levando observadores das eleições venezuelanas foi impedido de decolar para Caracas devido às restrições impostas por Maduro.

“O avião da Copa que transportava o presidente Moscoso e outros ex-presidentes com destino à Venezuela não foi autorizado a decolar de Tocumen enquanto permanecessem a bordo, devido ao bloqueio do espaço aéreo venezuelano. Da mesma forma, outro voo da Copa para o Panamá vindo de Caracas não foi autorizado a decolar”, disse Mulino pela rede social X.

Estavam entre os passageiros do voo barrado por Maduro os ex-presidentes Mireya Moscoso, do Panamá; Miguel A. Rodríguez, da Costa Rica; Jorge Quiroga, da Bolívia; e Vicente Fox, do México. 

Também estavam entre os passageiros a ex-vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, e Daniel Zovatto, ex-diretor da organização IDEAS.

Ao comentar sobre o caso, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) relatou impedimento do regime chavista para a sua presença na Venezuela como observador.

“Fui convidado pela oposição venezuelana para ir a Caracas neste domingo. O governo do ditador vetou nossa ida, representando a Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados presidida por Lucas Redecker, que também foi convidado”, disse o deputado ao compartilhar o vídeo com os ex-presidentes impedidos de decolar do Panamá.

“Veja no vídeo o que acaba de acontecer com ex-presidentes de vários países da América Latina que, mesmo assim, tentaram acompanhar as ‘eleições’ na Venezuela. Não puderam nem decolar! Este é o regime de exceção sanguinário que Lula, o PT e os abusadores do STF apoiam”, completou van Hattem.

Pelas redes sociais, o senador chileno Felipe Kast disse que a delegação oficial do Senado do Chile foi deportada da Venezuela.

“O medo de Maduro de perder o poder é o melhor sintoma de que Domingo Edmundo González, María Corina Machado e o povo da Venezuela vão recuperar a democracia e a liberdade”, disse o senador em vídeo publicado no X.

O senador chileno, Rojo Edwards, disse que a ação de Maduro dá mais força para a oposição continuar lutando contra o regime chavista.

“A ditadura acaba de nos negar a entrada na Venezuela. Viemos em uma viagem oficial do Senado. O ditador deve saber que isto nos dá mais força para continuar defendendo a democracia na Venezuela e na América Latina. Viva a liberdade. Fora, Maduro!”, escreveu o senador no X.

Como noticiado pela Gazeta do Povo, nesta sexta-feira (26), parlamentares da Espanha, Argentina, Colômbia e Equador também foram impedidos pelo regime do ditador Nicolás Maduro de entrar na Venezuela para fazer observação da eleição presidencial.

Empresária brasileira foi impedida de entrar na Venezuela

A ditadura venezuelana também está impedindo a entrada de pessoas comuns que tenham qualquer ligação com a oposição.

A empresária brasileira Katharyne Caiaffa, que fazia parte de um grupo convidado pela oposição para acompanhar as eleições venezuelanas, foi deportada após ser barrada no aeroporto.

Ao conversar com a Gazeta do Povo, neste sábado (27), a empresária disse que, apesar de ser filiada ao partido Novo, nunca exerceu cargo político e não atua na assessoria de nenhum político.

Caiaffa contou que ao desembarcar no aeroporto, na Venezuela, foi barrada após entrevista feita pela polícia de imigração.

A empresária disse que não notou nada de atípico nas perguntas feitas pela imigração. “Perguntaram onde eu moro, qual a minha profissão, onde ficaria na Venezuela… Perguntas muito parecidas com aquelas feitas pela imigração quando se entra nos Estados Unidos”, disse.

“Percebi que algo deu errado porque demorei na fila e diversas pessoas estavam sendo liberadas. Ficamos eu e outras pessoas. Nos levaram para um canto e nos disseram que estávamos sendo deportados”, relatou a empresária à Gazeta.

Segundo Caiaffa, uma das agentes disse que a empresária não era bem-vinda na Venezuela. 

Caiaffa disse que a estimativa é de que, aproximadamente, cem pessoas tenha sido deportadas da Venezuela por restrições impostas pelo regime de Maduro.

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