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Venezuela

Maduro investe contra EUA a uma semana de eleição

Centenas de milhares de venezuelanos tomaram as ruas de Caracas neste domingo em apoio ao opositor Capriles | Edwin Montilva/Reuters
Centenas de milhares de venezuelanos tomaram as ruas de Caracas neste domingo em apoio ao opositor Capriles (Foto: Edwin Montilva/Reuters)

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite de sábado que os Estados Unidos e a oposição venezuelana estão fazendo um plano para mat­á-lo antes das eleições presidenciais de 14 de abril. Ele disputa o cargo com o opositor Henrique Capriles.

Segundo Maduro, os ex-­embaixadores americanos Roger Noriega e Otto Reich estão montando um plano de conspiração ao lado da "direita" de El Salvador, na América Central. O presidente diz que o grupo contrataria mercenários salvadorenhos para assassiná-lo.

Para o mandatário, eles ainda pretendem sabotar a rede elétrica venezuelana, que enfrenta diversos apagões nos últimos anos, e aumentar o número de homicídios no país, que tem a taxa mais alta da América do Sul.

A intenção, de acordo com Maduro, é desestabilizar o governo e os aliados chavistas para tentar um golpe para empossar os candidatos opositores. "Assim, denuncio ao mundo e peço ao povo alerta máximo."

"O objetivo é matar, eles querem me matar porque sabem que não podem vencer eleições livres. Por trás disso estão as mãos de Roger Noriega e Otto Reich, e está a direita salvadorenha que enviou criminosos pagos por eles para me assassinar."

Desde o início da campanha, ele diz ser vítima de uma conspiração dos Estados Unidos e da oposição contra sua candidatura e seu período de presidente interino, mas, apesar de dizer que tem provas das acusações, nunca as apresentou.

Em março, Maduro havia acusado a Noriega e Reich de planejar um atentado, mas contra Capriles, com o mesmo objetivo de desestabilizar a Venezuela. Na ocasião, ele pediu ao presidente Barack Obama a prisão dos dois candidatos.

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