No Supremo da Venezuela, ditador disse que líder da oposição é uma “fugitiva da Justiça”| Foto: EFE/Setor de Imprensa do Palácio de Miraflores
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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, recusou nesta sexta-feira (9) uma proposta da líder da oposição, María Corina Machado, para negociações e um salvo-conduto ao tirano para que haja uma transição para a democracia no país.

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“O único que tem que negociar neste país com Machado é o procurador-geral [o chavista Tarek William Saab], que ela se entregue à Justiça, que responda pelos crimes que cometeu, é a única negociação possível. Ela é uma fugitiva da Justiça”, disse Maduro, segundo informações do site Efecto Cocuyo.

O ditador deu as declarações numa entrevista coletiva após se encontrar com a presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, a juíza chavista Caryslia Rodríguez.

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A corte vai revisar o resultado da eleição presidencial de 28 de julho, que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), foi vencida por Maduro.

A oposição contesta e publicou num site cópias das atas de votação que comprovam a vitória do seu candidato, Edmundo González.

Em entrevista à agência France-Presse (AFP), Machado havia proposto uma “negociação para a transição democrática” na Venezuela, que “inclui garantias, salvos-condutos e incentivos para as partes envolvidas, neste caso, o regime que foi derrotado nas eleições presidenciais”.

Na coletiva, Maduro também criticou um relatório do Carter Center, que fez observação eleitoral no pleito de 28 de julho e apontou nesta semana que não houve hackeamento do sistema eleitoral (acusação feita pelo CNE) e que González venceu a eleição.

“O Carter Center é administrado por funcionários que são pagos por George Soros. Chegaram à Venezuela com olhar enviesado, com um relatório já escrito. A gota d'água é que dizem certificar que não houve ataque cibernético na Venezuela, quando é público e notório que o ataque cibernético foi brutal e hoje a Venezuela está sob ataque em todas as suas instituições”, disse o ditador.

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Maduro afirmou considerar “escandalosa” a ausência de González no processo de revisão judicial da eleição, solicitado pelo ditador.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]