O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta quinta-feira (26) que as forças armadas do país reforcem os “planos antiterroristas” em resposta às operações que, segundo ele, foram “orquestradas” nas últimas semanas por Estados Unidos e Espanha contra seu regime, de quem a comunidade internacional exige transparência eleitoral e fim da repressão contra a oposição.
“Estamos derrotando o terrorismo, colocando-o em seu curso de ação. [É preciso] reforçar os planos antiterroristas que estão nos enviando os EUA, com a CIA, e a Espanha, com o CNI [Centro Nacional de Inteligência]”, disse Maduro durante reunião com a cúpula militar venezuelana.
No evento, que foi transmitido pela emissora estatal de televisão VTV, ele pediu aos militares que “reforcem a busca e a captura de terroristas” e garantam “a neutralização de qualquer possibilidade de que na Venezuela eles queiram impor sua política com bombas, com sabotagem”.
Embora Maduro tenha negado que dois cidadãos da Espanha detidos recentemente na Venezuela - e que o regime de Caracas classificou como terroristas - pertençam a qualquer corpo de inteligência do país europeu, ele reiterou que “há provas cabais dos planos da CIA e do CNI espanhol contra a paz e a segurança” da nação.
Por esse motivo, o ditador venezuelano ordenou que o ministro da Defesa e general aliado, Vladimir Padrino López, “reestruture” seu setor de ação para conseguir uma “adaptação [das forças armadas] aos novos meios de guerra” e implemente um sistema de “defesa antidrone em todos os alvos vitais”, entre os quais mencionou aeroportos e portos.
“Trata-se de um reajuste dos processos de inteligência estratégica, militar e policial e de contrainteligência do Estado venezuelano para adaptá-los às novas circunstâncias do século XXI e, em particular, às circunstâncias da Venezuela”, enfatizou Maduro.