O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta quarta-feira (9) a retirada do principal representante diplomático de Caracas em Washington. Segundo o chefe de Estado, a decisão de retirar Maximilien Arveláiz dos EUA se deve à decisão do contraparte americano, Barack Obama, de prolongar uma declaração de emergência que considera o país ameaça à segurança nacional.
“Chega de arrogância, de dois pesos e duas medidas, de prepotência, de intrigas, temos que fazer respeitar a Venezuela de Bolívar”, disse Maduro, ao anunciar que mandou Arveláiz retornar.
No mês anterior, Maduro apelou a Obama que aceitasse Arbelaiz como novo embaixador como “gesto de boa vontade”. A aceitação de Arbelaiz estava pendente desde fevereiro de 2015.
Já o decreto de Obama valia por um ano, aplicando sanções unilaterais contra sete altos funcionários do país. Obama ordenou o congelamento de bens das autoridades em solo americano por considerar a Venezuela como uma ameaça extradicionaria à segurança nacional e política externa dos EUA.
Apesar de acusar o governo americano de financiar setores e grupos violentos venezuelanos através de órgãos oficiais e de formar parte de uma conspiração para derrubá-lo, Maduro repetidamente manifestou sua vontade de um diálogo direto e transparente com os EUA.
As tensões entre os dois países têm reduzido nos últimos meses. Embora haja atritos, ambos mantêm uma intercâmbio comercial intenso. Ainda assim, sem embaixadores por conta dos impasses diplomáticos, ambos mantêm encarregados de negócios.
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