Milhares de venezuelanos de oposição foram às ruas em uma marcha silenciosa neste fim de semana.| Foto: Federico Parra/AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse querer “eleições já” em seu programa dominical, ao se referir às eleições regionais. O país vive um momento de tensão, com vários protestos contra o governo de Maduro. Dezenas de pessoas já morreram durante os conflitos.

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“Eleições, sim, quero eleições já. É o que eu digo, como chefe de Estado, como chefe de governo”, lançou o presidente em seu programa deste domingo (23).

Há duas semanas, Maduro já havia dito estar “ansioso” pela convocação das eleições de governadores, que deveriam ter sido realizadas em dezembro, e de prefeitos, previstas para este ano.

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Marcha

No sábado (23), milhares de venezuelanos de oposição foram às ruas em uma marcha silenciosa. Eles protestaram contra Maduro e marcharam silenciosamente em homenagem às vítimas dos confrontos entre situação e oposição que acontecem desde 1.º de abril.

Nas manifestações que vem realizando desde 1.º de abril, a oposição exige a convocação de eleições gerais para este ano ainda. O governo já descartou a antecipação da corrida presidencial, prevista para 2018. Segundo as pesquisas mais recentes, Maduro conta com uma rejeição de cerca de 70%.

Diálogo

Depois de suspender um processo para revogar o mandato do governo atual em um referendo, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) adiou as eleições regionais para iniciar um processo de legalização dos partidos que não haviam participado da última disputa nas urnas.

“Estou pronto para o que o Poder Eleitoral disser”, garantiu Maduro, que chegou ao poder em 2013, após derrotar Henrique Capriles por uma margem apertada.

Maduro voltou a convidar a oposição a retomar o processo de diálogo, congelado desde o ano passado, depois que a oposição acusou o governo de não cumprir os acordos. “Estou pronto para mostrar que cumprimos e, se não tivermos cumprido, cumprir”, indicou.

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“E, daqui, peço ao papa Francisco que continue nos acompanhando no diálogo, porque há uma conspiração em Roma contra o diálogo na Venezuela, e aqui também”, acrescentou.