No caso de uma intervenção militar estrangeira na Venezuela, o ditador Nicolás Maduro poderia escapar por túneis secretos ou se refugiar em bunkers, revelou um ex-oficial da Guarda Nacional Bolivariana.
Germán Varela trabalhou por oito anos em uma unidade anti-sequestro e participou de operações de inteligência. Vivendo atualmente nos Estados Unidos, Varela deu os detalhes da via de escape secreta de Maduro em entrevista à rede de televisão CNN, exibida na terça-feira (14).
"Maduro vive em constante ansiedade diante da ameaça de uma opção militar dos Estados Unidos", disse Varela, que assegura que ainda mantém contato com oficiais e ex-oficiais da Venezuela. "Ele se sente nervoso, já que está com a paranoia de que em qualquer momento possa entrar uma operação especial que possa removê-lo automaticamente do poder".
Ele explicou que existem três túneis; o primeiro deles vai do Palácio de Miraflores, a sede da presidência, até o Palácio Blanco, que fica em frente. O segundo túnel vai do Palácio Blanco até a Guardia de Honor Presidencial, um organismo militar responsável pela segurança do presidente da república. O terceiro vai do mesmo Palácio Blanco até outra entrada do regimento da Guardia de Honor.
Os túneis se comunicam entre si, explicou o ex-oficial. "Se em qualquer momento alguém quiser sair destes túneis, terá que fazer isso pelas portas principais de cada um desses edifícios", acrescentou.
Varela é filho do general German Rodolfo Varela, que foi comandante da Guarda Nacional Bolivariana durante o governo de Hugo Chávez. Ele afirma conhecer, por causa de seu pai e de outros altos comandantes, os bunkers que podem servir de refúgio para Maduro.
Um desses bunkers estaria localizado no subsolo de Fuerte Tiuna, uma importante instalação militar em Caracas.