![Maduro pode prender gerentes de gigante dos catchups Heinz por “sabotagem” Maduro tem travado uma luta contra empresários do país Na mais recente, a Kraft Foods, que alega falta de insumos para produção, interrompeu suas atividades levando a escassez de alimento | CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERS](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/12/88029reipo-0112700-k2dd-u102145778527dqf-1024x683-1.0.2391244229-gpLarge.jpg)
Os gerentes das operações venezuelanas da Kraft Heinz podem ser presos caso seja comprovada “sabotagem”, disse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na noite de terça-feira (1º) na televisão estatal.
A ação mais recente contra uma companhia multinacional na Venezuela ocorre poucos dias antes das eleições legislativas, nas quais o Partido Socialista, de Maduro, deve perder a maioria na Assembleia Nacional pela primeira vez em uma década e meia.
Com aumento de salários, popularidade de Maduro dá um salto antes de eleições
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Essa não é a primeira vez que o presidente realiza campanhas contra líderes empresariais e ordena prisões, seguindo os passos do antecessor Hugo Chávez, que expropriou operações de pequenos negócios a multinacionais na Venezuela.
Maduro disse durante um programa televisivo de quatro horas de duração que trabalhadores denunciaram a companhia alimentícia por paralisação “injustificável” das linhas de produção. “Se os gerentes estão cometendo sabotagem, aqui está o chefe da Sabin (serviço de inteligência da Venezuela) e ele irá colocá-los na prisão”, disse Maduro, acrescentando que autoridades iriam visitar fábricas nesta quarta-feira. “Chega da burguesia. Prendam-nos”.
A empresa, por sua vez, alega que não tem materiais básicos para a sua produção. A Venezuela aplica um duro controle cambial, que faz com que exista escassez de dólares no país. A consequência disso é que muitas companhias sofrem com a dificuldade de importar itens necessários para continuar operando.
A economia é uma das principais preocupações dos eleitores na Venezuela, com inflação considerada na casa dos três dígitos e falta dos bens mais necessários, que levam a longas filas nos mercados.
Críticos veem a retórica antiempresas de Maduro como uma tentativa de angariar apoio antes da eleição de domingo, e dizem que atacá-las só irá piorar a escassez.
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